quinta-feira, 2 de julho de 2015

ENCONTRO COM RAMON GARRIGA MIRÓ

Este depoimento de Ivana, extraído do seu diário de viagem, nos relata o contato que tivemos com Ramon Garriga Miró, o jovem professor de estética da Universidade de Madri. Naquela ocasião realizamos juntas uma exposição na Casa do Brasil em Madri, inaugurada no retorno da nossa viagem à Índia.

 “Ontem, 22 de abril de 1987, foi a inauguração de nossa exposição na Casa do Brasil.
Esteve presente Ramon Garriga Miró, professor de estética da Universidade de Madri. Foi logo dizendo uma porção de coisas sobre as pinturas de Maria Helena, que coincidiam com o que ela pensava e queria transmitir. Chegou a se entusiasmar e escreveu em seguida uma matéria para o jornal El País, principal jornal da Espanha. Quer também que, na volta de nossa viagem a Portugal, ela faça uma palestra durante sua aula. Prometeu também um contato com uma boa galeria para uma mostra individual de Maria Helena no futuro.

Ramon Miró, o professor de estética, havia combinado que Maria Helena  faria na sexta feira uma palestra em uma de suas aulas. Quando chegamos na quinta feira à Escola de Arquitetura, Ramon estava nos procurando na Casa do Brasil. Mamãe falou em “portunhol perfeito” sobre sua trajetória artística, enquanto Ramon fazia comentários diante de cada slide. Seu entusiasmo era contagiante e transmitia energia para todos os presentes. Não era possível recusar o convite para dar uma volta junto com Ramon, pela região do Museu do Prado uma verdadeira aula de arquitetura e arte que recebíamos ao vivo, deste jovem professor. Andamos pelas ruas de Madri à noite, e a aula se estendeu até a madrugada. Foi uma experiência muito gratificante.”

Em seguida a este relato de viagem, anexo o texto de Ramon Garriga Miró para o jornal El País:

“Maria Helena Andrés es ya um despliegue personal y uma concepción del mundo en que se juntan afinidades y raíces profundas telúrico-históricas-luso-hindú-brasilenas com mandala incluido, como el SER de lós filósofos pré-socráticos, redondo él, único, omnipresente, que descansa su luz en unos paisajes, terrestres y marinos a la vez, de puesta de sol trágica, guerrero o bélico, tradicional y moderno, ejemplificando lo mismo em el trazo, trazos pictóricos, de origen barroco-romántico-expresionista, y em el uso de los colores fundamentales: azul, rojo, amarillo, matizados soberanamente, a veces azules com matices de verdes, los cuales  expresan, comunican com una dialéctica del Sí y el No, que el mundo es una sucesión de catástrofes, luchas, de contrarios, y que el agua, el aire, el fuego y la tierra siguen siendo los quatro elementos primordiales y únicos.”
 (Ramón, Garriga Miró, professor de filosofia de la Faculdad de Arquitectura de Madri, 23-4-87)

*Fotos da internet e de arquivo

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